terça-feira, 21 de junho de 2011

LE HUITIÈME JOUR

Um filme sobre a amizade nua e crua entre alguém dito “normal” e um portador de síndrome de down.

“No princípio não havia nada. Existia apenas a música.”

É assim que começa o filme mais lindo da minha vida, Le Huitième Jour (O Oitavo Dia) é um drama sem pegar pesado e sem apelação, uma história simples sobre um “yupie” que acaba de se divorciar e perde a guarda das filhas porque não consegue cuidar nem sequer dar atenção às meninas depois da separação, e um garotão que foge do abrigo onde vive. Um abrigo para pessoas excepcionais.

Georges, como se chama o garoto, foge apenas com a sua maleta e um cachorro que o acompanha, como companheiro de viagem. Até que Harry atropela, sem intenção, o cão de Georges e começa a amizade dos dois, pois agora o companheiro de viagem dele, Georges, é Harry.

Entre idas e vindas à vários lugares, vamos sendo conduzidos pelos caminhos dolorosos da separação de um pai e suas filhas, de dois amantes que não podem ficar juntos e, principalmente, vamos nos aproximando do improvável: uma amizade pura e absolutamente limpa de preconceitos entre os dois.

Harry encontra em Georges as respostas que nem procurava, na simplicidade como ele lida com a vida, e Georges encontra em Harry as complexidades da vida adulta e responsável que ele jamais conseguirá dar conta, e percebe que deve viver no abrigo sempre.

Com um final surpreendente, Le Huitième Jour nos deixa com lágrimas nos olhos e vontade de ligar para todos os nossos amigos só para lhes dizer o quanto são importantes.

Segue o trecho em que eles roubam uma viatura para salvar o Harry:

Fica a dica.

Um comentário:

  1. hummmm... muito bem!!!
    e num é que você assistiu mesmo o filme, e ainda por cima entendeu?!!?! ahaha
    brincadeira a parte, simplesmente PERFEITO o filme e a sua análise/crítica/resenha/indicação show de bola!!

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